Consciência 2
Outra coisa curiosa: a relação que eles têm com os junkies (viciados da rua -- quantas vezes tenho que traduzir esse termo?? parei daqui em diante) é de desprezo! Isso me choca, porque são pessoas muito ferradas, que sofrem e que merecem compaixão.
Mas imagino que eles desenvolveram uma relação com essa parte da sociedade igual à que nós no Brasil temos com a população de rua. Se habituaram com o fato, e não o percebem mais -- aqui ainda é mais grave, porque os junkies não são uma ameaça real à sua segurança, então te fazem ainda menos percebê-los.
Eu me lembro de várias vezes ter sido questionado por estrangeiros no Brasil sobre as pessoas que moram na rua. Eles ficam chocados com a situação e com o fato de nada mudar. E eu sempre respondia que era assim, que não podia fazer muita coisa.
OK, os junkies aqui são um caso diferente, porque eles meio que escolheram entrar nessa vida, e porque as soluções possíveis para isso já acontecem. Portanto, não há realmente o que se fazer.
Mas me chocou o fato de as pessoas aqui se referirem aos junkies com muito desprezo, sem ter o mínimo de compaixão. Se acostumaram a considera-los o lixo da rua.
(A propósito, as soluções para isso são oferecidas pelo governo. Os viciados são convidados a entrar em tratamentos, que consistem em dar a eles drogas -- heroína mesmo ou metadona, que é uma heroína sintética -- em quantidades controladas e gradualmente menores).
Mas imagino que eles desenvolveram uma relação com essa parte da sociedade igual à que nós no Brasil temos com a população de rua. Se habituaram com o fato, e não o percebem mais -- aqui ainda é mais grave, porque os junkies não são uma ameaça real à sua segurança, então te fazem ainda menos percebê-los.
Eu me lembro de várias vezes ter sido questionado por estrangeiros no Brasil sobre as pessoas que moram na rua. Eles ficam chocados com a situação e com o fato de nada mudar. E eu sempre respondia que era assim, que não podia fazer muita coisa.
OK, os junkies aqui são um caso diferente, porque eles meio que escolheram entrar nessa vida, e porque as soluções possíveis para isso já acontecem. Portanto, não há realmente o que se fazer.
Mas me chocou o fato de as pessoas aqui se referirem aos junkies com muito desprezo, sem ter o mínimo de compaixão. Se acostumaram a considera-los o lixo da rua.
(A propósito, as soluções para isso são oferecidas pelo governo. Os viciados são convidados a entrar em tratamentos, que consistem em dar a eles drogas -- heroína mesmo ou metadona, que é uma heroína sintética -- em quantidades controladas e gradualmente menores).
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